Grupo do Porto criado em 1986, formado por Pedro Saraiva (voz, guitarra), Rui Sousa (baixo), Quim Coutinho (guitarra), Tó Zé Ferreira (bateria) e José Borges (percussão).
No final do Verão de 1986 Pedro Saraiva e Rui Sousa convidam Quim Coutinho para integrar uma nova banda que iniciava a sua existência. Nos meses a seguir entram para a banda Tó Zé Ferreira e José Borges, fechando assim a sua formação. Ainda antes do fim do ano iniciam os concertos ao vivo e nunca mais pararam. De tal forma que, nos 6 meses seguintes, fazem mais de 50 concertos, com bandas como os Xutos & Pontapés, Trabalhadores do Comércio, Heróis do Mar, entre muitos outros, o que lhes dá uma enorme rodagem.
O passo seguinte era indiscutivelmente gravar um disco de originais, pelo que, com o apoio de Carlos Machado (Discoteca Griffon’s), rumam a Londres em Julho de 1987, carregados de instrumentos e com um produtor amigo – Jorge Coutinho, numa viagem de 3 dias pelas estradas de Portugal, Espanha e França. A escolha do estúdio foi rápida, optaram pelos F2 Studios em Londres, por onde já tinham passado nomes como The Cure, Keith Richards entre outros. Ficaram com o período da noite, mais barato e acessível, e iniciaram a gravação do album. Logo no primeiro dia ficaram em choque, pois quando chegam ao estúdio estavam os Lloyd Cole & The Commotions a gravar o tema My Bag , e que, de alguma forma acharam curioso uma banda portuguesa ter vindo a Londres gravar um album. Na semana a seguir foi Mark King dos Level 42 que esteve no estúdio a gravar.
O produtor inglês Kevin Harris fez a gravação e mistura do disco nos quinze dias em que durou a gravação.
De volta ao Porto, a banda passa por um período conturbado, tendo Pedro Saraiva e Rui Sousa decidido fazer uma pausa sem editar o disco, apenas realizando alguns concertos nomeadamente com Lloyd Cole and the Commotions, no Pavilhão Infante Sagres.
Para além de terem feito algumas primeiras partes de bandas internacionais, como os Lloyd Cole and the Commotions, beneficiaram de alguma exposição pública na imprensa musical da época, que revelava que o grupo tinha um bom vocalista, com potencial mas ainda a enfermar de alguma timidez, e também que “…os X-Position têm energia, guitarras muito expressivas e um som cheio de pormenores que fazem das músicas peças que parecem completas, cheias” acrescentando também que “há muitas referências, diversas e bem misturadas, com uma batida que não tem ar de segunda-feira”.
Em finais de 1989 a banda acaba definitivamente, ficando os masters do estúdio F2 perdidos até 2022, quando foram localizados e recuperados perto das Caldas da Rainha.
Preve-se a edição tardia do album até finais de 2026.